quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Mistério do Sótão (Quinta Parte)

(E cá está a última parte. Ansiosos pelo fim? Quem ainda não leu a história nada de olhar para aqui, leiam primeiro o início. hehe)


Todos preparam-se para a sua respectiva parte no plano. O pai vai ter com eles para os distrair e diz-lhes que viu o barco a partir com a Mona Lisa lá dentro. Eles seguem-no e os outros ganham tempo para chamar a polícia. Quando chegam lá e o barco está no mesmo sítio começam todos a desconfiar dele e aumentam ainda mais os seus pensamentos de os matar.
- Por que não aproveitamos para fugir? A costa está livre – diz o Cristiano.
- É melhor não. O pai ainda cá está e não conseguiria fugir e, quando descobrissem que tudo isto tinha sido obra dele, matavam-no logo sem pensar em mais nada. O melhor é que ficarmos aqui e esperarmos a polícia intervir. Espero que tudo corra bem – diz-lhe a mãe.
- Está bem, vamos então esperar para ver o que acontece – responde.
Pouco tempo depois voltam do cais e ouve-se:
- Não percebo qual foi a tua ideia – e o líder olha para dentro do barracão – mas não me parece que tenha dado em nada. Acabou-se o tempo. Alguma ideia? Ou morrem todos?
Todos engolem em seco a ver se conseguem pensar em alguma coisa para fazerem o tempo passar até a polícia chegar. Nada, não lhes passa nada pela ideia. Então levam-nos para perto de uma ribanceira ali ao pé com dois guardas armados a segui-los.
- Vamos fingir que foi um acidente. Caíram, coitados, foi azar… - diz o líder, esboçando um sorriso malvado.
Levam-nos cada vez mais para perto da ribanceira. A vida deles depende da chegada da polícia, tudo depende disso. Praticamente no limite da ribanceira o líder pergunta:
- Algumas palavras finais?
- Olhem a polícia! – diz o pai, ao mesmo tempo que dá um pontapé a cada um dos guardas mal eles se viram para averiguar. Deixam cair as pistolas, que são apanhadas pelo pai. O líder tira a dele e os seus capangas também. Agora estão em igualdade de circunstâncias, até que o líder pega no Cristiano e aponta-lhe a arma à cabeça.
- Larga já a arma ou eu disparo – diz-lhe.
- Calma, pronto – e põe as pistolas no chão – agora solta-o.
- Atira-as para aqui, com os pés. Apanhem-nas.
- Agora larga-o – diz o pai.
- Achas mesmo que vou largá-lo? És tão ingénuo. Só o largo quando vocês se mandarem lá para baixo e depois vai ele.
- Pára, estás a aleijar-me – diz o Cristiano.
Entretanto ouve-se uma sirene. Sim, é a polícia a chegar ao local.
- Todos com as armas no chão – diz um deles.
- Fiquem quietos senão disparo – diz o líder com a arma apontada ao miúdo.
- Está cercado, não pode fazer nada. Renda-se.
- Então foi para isto que nos levaste ao barco, devia ter desconfiado. Mas já é tarde demais. Agora o miúdo morre como castigo pelas vossas acções. – e leva-o para perto da ribanceira – Fazem alguma coisa e ele cai, a escolha é vossa. Ponham as armas no chão. Já! – fazendo um jeito como que se não o fizessem atirava o miúdo lá para baixo.
- Largue o miúdo, é o melhor para si. Renda-se e talvez lhe diminuamos a pena.
- Nada me vai fazer render, – diz ele – nada.
O Cristiano, num último esforço, apesar de muito cansado, leva-o o pé à frente, ajusta o ângulo e depois com toda a força contra aquela zona entre as pernas, fazendo com que o homem o largue e depois mete-o no chão e pisa-a.
- Isto é para aprenderes – diz ele – agora já sabes o que sofremos.
O homem fica a queixar-se no chão, com a mão ali, como que se lhe pudesse dar algum conforto. Os polícias pegam nele e metem-no dentro dos carros, junto com os comparsas dele, e levam-nos para a esquadra.
- Até que enfim que tudo acabou, e bem para toda a gente. Pelo menos para quem merece – diz o Cristiano, piscando o olho e olhando para o carro a ir-se embora.
- Bem, vamos para casa. O dia de hoje foi muito estafante – diz o pai.
- Sim, também acho – diz a mãe.
- Grande aventura – sussurra a Paula ao ouvido do Cristiano, um bocado tímida e dá-lhe um beijo na boca.
- Vamos deixar os pombinhos sossegados – diz o pai à mãe baixinho, piscando o olho.
- Depois vão ter connosco a casa – dizem os pais a ambos.
- Está bem – responde o Cristiano.
E ficam ali os dois a beijarem-se, naquele dia de sol. Parece tudo ter corrido bem. O quadro da Mona Lisa foi levado ao museu, os criminosos presos e condenados a 20 anos de prisão e os dois jovens acabam juntos. Mas os pais do Cristiano, o que lhes terá acontecido por terem ajudado a quadrilha?

(Espero que tenham gostado. Em breve irei elaborar mais histórias e postar sobre outros assuntos. Fiquem atentos.)

Sem comentários:

Enviar um comentário